segunda-feira, 11 de abril de 2011

Sair da zona livre de conflito

Bem vindos à zona de conflito do maiq:

Durante algum tempo, desde de 2008 para cá, tenho estado em estado latente, entrando raramente em confronto de ideais com os demais, pois sinto que cada qual tem o direito de pensar e agir em conformidade com aquilo que lhe vai na alma. 

Mas isso seria num mundo perfeito. 

Infelizmente, à medida que vou vivendo e aprendendo, tenho-me deparado com uma realidade aterradora: a grande maioria de nós está doente, perigosamente doente. Esta realização não é recente. O que é recente é a forma que encontrei para lidar de novo com isso.

Incluo-me neste grupo de doentes de que falo, bem como a minha família, toda ela e toda gente que conheço, salvo raras excepções. Em relação a estas excepções, não posso deixar de referir um aspecto que apresentam em comum, a vida que levam a par da natureza e a sabedoria que daí advém. É apenas o meu singelo ponto de vista, pouco ou nada científico mas com base no convívio que mantenho com elas.

Não digo que não sejam doentes também, mas a grande diferença está em que se estas pessoas tiverem que parar de depender da sociedade do bem-estar/ bem-parecer, fazem-no como se nunca tivessem conhecido outro modo de vida. Eu não. Tenho alguma noção do que é a agricultura, mas tenho também a certeza de que se o Continente parasse de vender comida, eu havia de passar muita fominha.

O início deste blog tem como razão de ser a saída da zona livre de conflito. Sinto que posso provocar qualquer coisa se recomeçar a falar e a confrontar as pessoas com a sua própria doença. Não me acho melhor ou mais inteligente que ninguém. Apenas tive mais vontade de perceber melhor como funciona isto a que chamam "O Sistema" e venho aqui apresentar algumas ideias que se formularam na minha cabeça e alguma da informação que fui obtendo ao longo do tempo. Não vou parar de estudar "O Sistema", mas entendo que chegou o momento de começar a partilhar com os restantes infectados a razão da nossa doença. Entendo também que a nova forma para eu lidar com esta situação passa por enfrentá-la e reconhecê-la em mim e nos que me rodeiam e, por fim, espalhar a palavra até aos que lerão este blog.

Até breve.

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