segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Gerald Celente


Para que não me sinta sozinho nesta opinião acerca da farsa que a democracia representa. Prestai atenção às palavras deste homem.


Até breve.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O auto-controlo dos doentes

Olá,

Hoje vou, novamente, falar de um assunto relacionado com a situação "política e social" que se vive em Portugal.

Isto é acerca das declarações de Otelo Saraiva de Carvalho, um dos responsáveis pelo golpe militar de 25 de Abril de 1974 e dos vários comentários feitos a estas declarações.

A grande maioria dos comentários vieram de organizações militares e de personagens do circo governativo e cingem-se, basicamente, a isto: "Vivemos em democracia, não faz sentido/não se justifica um golpe de estado militar." A populaça que se deu ao trabalho de comentar as várias notícias nos sites apenas referiam que os militares só se manifestam quando a situação começa a pesar nos seus bolsos camuflados. Houve até quem chegasse a falar de incitação violenta contra o estado de direito, o que constitui um crime.

ESTADO DE DIREITO?!?! O único direito que o estado demonstra é o direito de roubar, de massacrar financeiramente e de gozar com as pessoas que trabalham. Isto sim, é crime!

E mais.

Vivemos em democracia? Não é uma ditadura porque, segundo alguns, podemos escolher entre cerca de 10 partidos, alguns dos quais só vemos mesmo no boletim de voto. Outros dizem que, mesmo entre os dois elegíveis (PS e PSD), há sempre apoio dum terceiro para que seja possível atingir a maioria absoluta (CDS-PP), ano após ano. Há já, na minha geração, quem considere a esquerda política uma brincadeira fora de moda. Na auto-aclamada "a melhor nação do mundo" e a maior defensora (ou atacante em nome) da democracia, também se vive há não sei quantos anos com dois partidos políticos. Alguma vez, isto representa escolha? E se pusermos a hipótese que é o mesmo ideal político dividido em dois partidos aparentemente opostos? Não faz mais sentido? Honestamente, desde o 25 de Abril alguém sentiu diferença entre os caminhos traçados pelo governos PS e PSD? Parece que o eleito dá continuidade ao péssimo trabalho do anterior.

Os Xutos e Pontapés, em 1993, cantaram, "Estupidez gananciosa,/ manda-me o país pra cova". Passados quase vinte anos, estamos prestes a ver a cova a ser fechada com uma pedra tumular gentilmente cedida pelo FMI e pela UE e aceite com uma vénia de calças em baixo pelo nosso governo dito democrático.

Os camaradas militares de Otelo deviam prestar atenção ao que ele diz em vez de o acusarem de prejudicar a imagem do 25 de Abril. O próprio capitão de Abril diz que se soubesse o que sabe hoje, não teria feito a revolução. Aquilo que o 25 de Abril representa está manchado, e de que maneira, mas não pelas palavras de Otelo Saraiva de Carvalho. Está eternamente manchado, sim, mas pelo que tem sido feito por estes ditos "políticos" que dizem ter "governado um país" desde então.

Se leste a publicação anterior, até dá a sensação de que Otelo de Carvalho também a leu. Ao contrário daquilo que estamos habituados a pensar, a democracia não representa liberdade, só quando comparada à ditadura de Salazar. E pelo andar da carruagem, já não falta muito para ser exactamente a mesma coisa.

Foi criada em nós a necessidade de alguém "superior" nos dizer sempre por onde ir. E agora, como por magia, toda gente tem de controlar toda gente: os bancos aos governos, os governos às empresas, os patrões aos empregados, os encarregados de educação aos educadores, os que têm "ideias de fábrica" aos que têm ideias próprias. Somos auto-suficientes mas em termos de controlo. E enquanto acreditarmos na democracia, no controlo, não haverá liberdade. Esta espécie de liberdade que conhecemos é auto controlada, é doente.

Perguntam-me muitas vezes: "Então o que é queres fazer? Que solução é que tens?" Não tenho a solução para ninguém. É precisamente esta atitude que nos colocou na situação em que nos encontramos hoje. A solução não está noutra pessoa, noutro sistema político ou financeiro.

A solução está dentro de cada um...e isso sim, é liberdade!

Até breve.